Uma mulher alegre, festeira e desinibida, que deixava-se fotografar com muita frequência numa época anterior às selfies e que foi celebridade na Curitiba dos anos 20. Ao mesmo tempo, uma artista determinada, de personalidade forte, disposta a romper com os limites então impostos às mulheres na música e na sociedade, que atuou decisivamente pela cultura em Curitiba como instrumentista e professora. A violinista Bianca Bianchi foi tudo isso. Viveu 94 anos com intensidade.
Sobre o ano de nascimento de Bianca Bianchi há controvérsias. Alguns registros datam 1907, e outros em 1904. Adotaremos aqui o expresso no documento da certidão de nascimento que diz ter nascido em 5 de junho de 1907, uma quarta-feira em São Paulo. Registrada no Cartório do Brás, foi a segunda filha do técnico têxtil e importador Edoardo Bianchi e da pintora e poeta Giovannina Baldisseri, ambos italianos que se conheceram no Brasil. Edoardo nasceu em Milão e veio ao país a convite da Regoli Crespi & Cia, proprietária do que se tornou o Cotonifício Rodolfo Crespi, histórica fábrica de tecidos no bairro da Mooca em São Paulo. Giovannina, nascida em 1867 era da província da Toscana e veio ao Brasil a convite de um irmão que morava no interior de São Paulo. Em sua família havia artistas. Seu pai, Luigi, foi clarinetista; Nerina Baldisseri, sua sobrinha, foi cantora lírica e em 1919 gravou em duo com Beniamino Gigli a obra “L'amico Fritz", de Pietro Mascagni.
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